sábado, julho 30, 2005

Jardins de S. Bartolomeu

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19 de Junho de 2005

Uma das características mais saliente deste empreendimento é a existência de grandes janelas que tornam as divisões quase transparentes. Este tipo de arquitectura ainda é pouco vulgar em Portugal, sendo muito comum em países europeus mais setentrionais. Penso que as palas de betão que se projectam por cima das janelas servem para evitar a entrada directa do sol nos momentos em que ele é mais agressivo. De qualquer modo, dado que não existem estores, os moradores terão controlar a entrada excessiva da luz colocando cortinados ou estores interiores.

23 comentários:

Tiago disse...

A pala será essencial. Imagino que tenha sido calculada com o percurso médio do Sol ao longo do ano. Acaba por impedir quase na totalidade a entrada de luz directa, o que, mesmo assim, não impede algum aquecimento acima do desejável.

Prevejo imensos moradores a exigir veementemente a possibilidade de instalação de ar condicionado, mesmo que isso implique a alteração da fachada do edifício.

Seja como for, será mais um debate interessante a ter, da capacidade de adaptação dos arquitectos à realidade climatérica dos países onde os projectos são implantados.

Pedro Veiga disse...

Em relação às palas desejo muito que o betão utilizado tenha uma qualidade superior para poder resistir à corrosão.
Por exemplo, na Colina de S. Gonçalo, a qualidade da massa de fixação das lages de calcário foi de tal forma baixa que passado pouco mais de um ano da sua aplicação estão quase todas a cair!

Anónimo disse...

Pois , eu cá comprei no último andar !!! Já estou habituado a últimos andares (com ar-condicionado claro) e neste vai mesmo ter que o ter, pois com aquelas 4 filas de vidro o "efeito estufa" vai-se sentir e bem ...

Anónimo disse...

Como também vou habitar os Jardins de S. Bartolomeu, fiz há uns tempos uma pesquisa na net sobre esta questão.

Tanto quanto consegui perceber, embora o sol se ‘desloque’ sempre de este para oeste, o seu movimento varia significativamente do verão para o inverno:
.no verão, o tempo de exposição solar é maior mas o ângulo de incidência sobre o chão também o que significa que ao meio dia a sombra projectada por uma vara no chão é pequena – o sol descreve um movimento mais alto e perpendicular ao solo;
.no inverno, o tempo de exposição solar é menor mas o ângulo de incidência sobre o chão diminui o que faz com que a mesma vara projecte uma sombra maior – o sol descreve um movimento mais baixo e oblíquo ao solo.

No hemisfério norte, onde nos encontramos, a trajectória eliptica do sol benefícia as fachadas orientadas a sul.
Como os blocos A, B e C dos Jardins de S. Bartolomeu possuem uma orientação aproximadamente Norte/Sul, conclui-se que a fachada das salas e cozinhas vai sempre ter grande exposição solar: esta será menor mas mais forte durante o verão e maior mas menos forte durante o inverno.

As palas de que falaram são, de facto, bastante úteis, sobretudo no verão, uma vez que restringem ainda mais o ângulo durante o qual o sol consegue incidir nas fachadas.
Segundo uns cálculos meio toscos, os valores para a exposição solar no verão e inverno serão de respectivamente 4/6 horas e 10/12.

Á laia de curiosidade, os quartos, situados na fachada norte, vão ter alguma exposição solar no verão e praticamente nenhuma no inverno.

Anónimo disse...

Podem obter mais informação aqui.
http://solar.physics.montana.edu/YPOP/Classroom/Lessons/Sundials/summer.html

Tiago disse...

Caro João Baptista, como vai conseguir ter o ar condicionado sem o colocar no exterior do edifício?

Anónimo disse...

Caro Tiago, tenho o último andar - colocarei o aparelho exterior no terraço ao qual tenho ligação directa através da sala (está a ver as 2 linhas de janelas a mais no último andar ? o topo no interior é como se desse para a 'varanda' do terraço ...). No caso dos últimos andares o "efeito estufa" é real e já o verifiquei, pelo que ou as janelas estão sempre abertas ou então tem que ter ar-condicionado ... Cumps.

Anónimo disse...

E o João já tem ideia de como vai fazer para colocar o ar condicionado no terraço?
É possível fazê-lo por iniciativa própria ou é necessário obter o acordo dos restantes condóminos?
O que acha que os outros condóminos, que não moram no último andar, vão fazer para resolver este problema?
Qual a sua sugestão?

Anónimo disse...

Já consegui visitar o meu imóvel (falem com o Vosso vendedor!), e pelo que consegui ver/perceber a minha ideia daria para ser executada.
Claro que, quando tiver a chave da casa terei que analisar melhor esta solução, mas uma coisa é certa - aquilo é uma autêntica estufa ! (claro que já esperava por isso quando assinei o CPCV, e que teria que colocar ar-condicionado). Inevitavelmente vai mesmo ser necessário, e todos os vizinhos do 9º andar de certeza que notarão isso. Sobre os restantes andares, também me passou pela cabeça que poderão precisar (embora tenham somente 2 linhas de janelas, ao contrário do 9º que tem 4!) - parece-me que aquelas "pálas" vão servir para mais do que "tapar" o sol no verão ... que tal os aparelhos do ar-condicionado por baixo das mesmas ? (dá directamente para a parte de baixo do degrau de madeira por baixo da janela). Ou então na parte de trás do prédio ?
Outra alternativa poderia ser uns toldos giraços para cada apartamento ... ficava mais engraçado ...
Bem, penso que depois poderemos todos discutir as soluções, mas para isso será necessário cada um conhecer o seu apartamento e as condições (tentem vê-los agora no verão!). Depois disso, se alguém quiser podemo-nos juntar para discutir o assunto (ou então quando houver condominio claro ...)
Cumprimentos, JB

Anónimo disse...

João,
Tenho precisamente andado a pensar que, se calhar, era uma boa ideia começarmos a discutir em maior profundidade estas questões, mesmo antes das casas nos serem entregues.
Como se vê pela quantidade de aspectos que têm sido abordados nestes blogs, há já muita coisa sobre que falar e penso mesmo que este poderia ser o ponto de partida para, com uma antecedência record, zelarmos pelos nossos interesses comuns.
Esta situação dos ares condicionados é disso um bom exemplo. Poderiamos todos juntos começar a pensar sobre a forma de resolver um problema que vai ser comum a todos os condóminos.
O que acha desta ideia?
Já existe pelo menos um blog sobre os Jardins de S. Bartolomeu (http://jardinsdesbartolomeu.blogspot.com). Talvez pudessemos ajudar a dinamizá-lo juntamente com a autora, para irmos conseguindo a adesão dos outros futuros condóminos.
Ou criar um blog especificamente para esse fim...
Quem sabe, talvez pudessemos depois agendar uma reunião para discutir este e outros assuntos.
O que lhe parece?

Pedro Veiga disse...

Caros futuros moradores deste empreendimento,

Como é que funciona a abertura das janelas. Pelo que observei parece que só abrem por cima, será verdade?
Apesar de não ir ser morador neste empreendimento preocupa-me o efeito estético causado pela instalação de muitos aparelhos de ar condicionado. Não podia ser instalado um para cada condomínio?

Anónimo disse...

Caro Pedro,

As janelas estão instaladas na fileira superior da superfície envidraçada de cada divisão e ocupam, na sala, os extremos - são os quadrados mais pequenos.

As janelas são do tipo oscilo-batente, isto é, tanto abrem do modo convencional, horizontal, como abrem até um ângulo limite de 30/40 graus em cima tendo por eixo a base.

Como se vai tornando evidente, as janelas não são, no entanto, suficientes para garantir um ambiente fresco.

A instalação de ar condicionado será definitivamente uma questão.
Quanto mais cedo se debater, melhor.

Eu também não vejo com bons olhos uma solução orientada à fracção, deixada ao critério de cada condómino - prefiro a que sugeriu de um ou dois aparelhos por bloco, colocados no telhado e que servem todo o edifício.

Acontece que estas soluções beneficiam com um planeamento atempado, prévio à obra. Não sei se essa ainda será uma opção neste momento.

Por isso repito, estamos na altura ideal para começar a pesquisar uma solução. Antes que as casas sejam entregues. Antes que o 'facto consumado' volte a ocorrer.

Tiago disse...

Eu também irei morar em S. Bartolomeu e não me arada nada a solução das caixinhas de ar condicionado para cada apartamento. Mas olhe que as janelas aberta refrescam a casa rapidamente. Pude constatar isso na visita que fiz à minha fracção, pelas 14h30m num dia de Sol.

Anónimo disse...

Tiago,

Se assim for, ainda bem.
Ainda não tive a felicidade de visitar a minha fracção e portanto não posso dar uma opinião avalizada.

Mas tenho, de qualquer modo, receio que não seja suficiente ou que outros assim o entendam.

Partilho inteiramente da sua opinião quanto às caixinhas.
Por isso tomei a decisão de contactar a SGAL para apurar o que têm a dizer sobre isto.
Vou igualmente contactar o arquitecto.

Tiago disse...

Óptimo!! Aguardo ansiosamente novidades!

Ana disse...

Quem e o arquitecto?
Quem e o constructor?
a ideia de aparelhos por bloco agrada-me muitissimo.

Anónimo disse...

A minha opiniao é que a soluçao deve ser obrigatoriamente encontrada com os Arquitectos Jorge Simoes e Tomas Rebello de Andrade, com a SGAL e com a CML. Nunca soluçoes casuisticas e ad hoc, ao sabor de cada um. Viver em frente a um Parque urbano de 24 hectares é um privilegio e por isso a soluçao tem de ser urbanisticamente evoluida, sensata e equilibrada. Tal como a Alta.

Anónimo disse...

Também concordo com um projecto atempadamente planeado e efectuado na fase de contrução, e que a solução seja do agrado de todos, mas eu pessoalmente já tenho um conjunto completo de ar-condicionado que me custou uma pipa de massa e pretendo reutilizá-lo neste meu novo apartamento (claro que estou aberto a outras sugestões).
Concordo 100% com a Susana quando diz que a solução tem que ser urbanisticamente evoluída, sensata e equilibrada ... mas parece-me também que isso já deveria ter sido feito antes e não depois do prédio feito e à custa dos seus moradores.
Vamos aguardar pelas soluções dos responsáveis (se é que têm alguma, pois se não tiveram até agora ...)

Anónimo disse...

Caro JB. Quando escolhemos um apartamento e fazemos os contratos promessa devemos ter o cuidado de nos informarmo-nos de todos os aspectos e nao ouvir apenas as vantagens. Eu desde a primeira hora que sei que nao ha pré instalaçao de ar condicionado e que face a enorme exposiçao solar vai ser quente. Por isso, caso nao se chegue a um consenso - o que com sinceridade duvido - a minha opçao nunca podera por em causa a traça do prédio. Vejamos outro exemplo: como os apartamentos tem uma zona de lavandaria pequena entao vamos todos por estendais de modelo lindo e exclusivo... Claro que nao. A soluçao tem de ser bem pensada por todos. Beijos a todos.

Anónimo disse...

tem toda a razao. Vivo num predio assim. Pagamos mais condominio, mas e mais agradavel viver com uma temperatura ambiente suportavel.
Mas nem tudo e perfeito.
Ha dias em que esta frio e ainda nao ligaram o aquecimento central, ou quando esta calor e os aparelhos de ar condicionado nao trabalham todos, porque ha uma falha qualquer no sistema!

Anónimo disse...

Lembro que os T2 virados a nascente não têm zona de lavandaria, portanto o problema dos estendais talvez venha a ser real para alguns. Será que o terraço pode ser usado para uma zona comum de estendal?

Anónimo disse...

ola. nao sei ainda se comprar ou nao em s.bartolomeu, pois tenho um pouco de receio do ambiente que se encontra no exterior com os bairros sociais existentes ao lado! podem elucidar-me um pouco?? como tem estado a correr a vossa estadia!???! rui

Anónimo disse...

Boa tarde,

Eu vivo nos jardins de S. Bartolomeu há cerca de 4 meses. Como vivo no 9º andar, não tenho a "sorte" de ter uma das referidas palas para protegerem a minha casa do sol e, de facto, o calor é muito. Ainda abri as janelas, mas não posso confirmar que a casa arrefeça instantaneamente; aliás, não consigo habitar metade da sala antes de o sol se pôr.
Relativamente à questão dos "bairros sociais", gostaria de transmitir ao meu potencial futuro vizinho que nunca tive qualquer problema durante este tempo. (Deduzo que estejamos a falar de segurança). Aliás... ser rico não é condição suficiente para ser boa pessoa, pois não? Acho que não vale a pena cavar mais o fosso.