Ainda não me habituei bem aos ritmos da luz destes planaltos do Alto do Lumiar…
Estamos na fase do solstício de Verão, altura do ano em que as sombras ao meio-dia solar são mínimas (cerca das 13 horas e 40 minutos). Alguém já reparou como é diferente a luminosidade destes dias? O facto de Lisboa ter uma latitude de 38º,73 e o trópico de câncer estar situado aos 23º,45 significa que os raios de Sol ao meio-dia solar fazem um ângulo com a superfície de 74º,72. Quer isto dizer que faltam pouco mais de 15º para o Sol incidir verticalmente. É evidente que à medida que se for caminhado para Sul este ângulo vai diminuindo, até à latitude do trópico de câncer, onde o Sol incide perpendicularmente ao meio-dia solar do dia 21 de Junho (solstício).
Para além desta luminosidade máxima conseguida ao meio-dia solar, o entardecer e o pôr-do-sol, são também, nestes dias, fenómenos únicos no ano. Evoluem muito gradualmente, dado que o hemisfério norte está muito iluminado. Talvez por isso o fim de tarde tenha nesta altura uma luz muito especial, que se reflecte nas fachadas dos nossos edifícios. Mais ainda: quando toda esta luz intensa é suavizada pela humidade vinda de sudoeste, enriquecida pela brisa do oceano, as cores e os reflexos são a meu ver muito especiais. Aqui ficam algumas dessas cores e reflexos captadas ontem ao fim da tarde.
Parque das Conchas
Edifícios Dolce
Colina S. João de Brito
Condomínio da Torre
Jardins de S. Bartolomeu
Condomínio do Parque
Condomínio do Parque e Jardins de S. Bartolomeu
Jardins de S. Bartolomeu
quinta-feira, junho 08, 2006
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3 comentários:
Bonito.
Obrigada Pedro,
pelo teu olhar atento e informado.
A 6ª foto é a minha preferida. Adoro esta fase do ano em que os dias crescem.
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