Estamos na fase do solstício de Verão, altura do ano em que as sombras ao meio-dia solar são mínimas (cerca das 13 horas e 40 minutos). Alguém já reparou como é diferente a luminosidade destes dias? O facto de Lisboa ter uma latitude de 38º,73 e o trópico de câncer estar situado aos 23º,45 significa que os raios de Sol ao meio-dia solar fazem um ângulo com a superfície de 74º,72. Quer isto dizer que faltam pouco mais de 15º para o Sol incidir verticalmente. É evidente que à medida que se for caminhado para Sul este ângulo vai diminuindo, até à latitude do trópico de câncer, onde o Sol incide perpendicularmente ao meio-dia solar do dia 21 de Junho (solstício).
Para além desta luminosidade máxima conseguida ao meio-dia solar, o entardecer e o pôr-do-sol, são também, nestes dias, fenómenos únicos no ano. Evoluem muito gradualmente, dado que o hemisfério norte está muito iluminado. Talvez por isso o fim de tarde tenha nesta altura uma luz muito especial, que se reflecte nas fachadas dos nossos edifícios. Mais ainda: quando toda esta luz intensa é suavizada pela humidade vinda de sudoeste, enriquecida pela brisa do oceano, as cores e os reflexos são a meu ver muito especiais. Aqui ficam algumas dessas cores e reflexos captadas ontem ao fim da tarde.

Parque das Conchas

Edifícios Dolce

Colina S. João de Brito

Condomínio da Torre

Jardins de S. Bartolomeu

Condomínio do Parque

Condomínio do Parque e Jardins de S. Bartolomeu

Jardins de S. Bartolomeu
3 comentários:
Bonito.
Obrigada Pedro,
pelo teu olhar atento e informado.
A 6ª foto é a minha preferida. Adoro esta fase do ano em que os dias crescem.
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