Esta creche/jardim de infância tem capacidade para 130 crianças, sendo que, no segundo trimestre de 2006, vai acolher o “Pé ante Pé”, um projecto de acompanhamento social coordenado pela Santa Casa da Misericórdia, para crianças dos 4 meses aos 3 anos.
16 comentários:
Isto é tudo muito giro, mas quando for morar no J.S.Bartolomeu será que a minha filha que vai nascer poderá frequentar estas creches? Ou são só para as pessoas 'carenciadas'?
Quando é que os equipamentos da Alta serão em número suficiente para: a) satisfazer as necessidades dos 'carenciados' (PER) e b) o resto dos 'colonos'?
É que o que parece é que os novos equipamentos são para os 'indios' da terra usarem e darem cabo deles primeiro, e os 'colonos' só daqui a uns anos é poderão usufruir deles... (claro, quando forem reconstruídos...).
Perdoem-ne qualquer coisinha, mas realmente não consigo pensar de outra forma, então quando começar a pagar 2.000€ de IMI para pagar os equipamentos aos 'indios' até me vou passar...
e aquela da samana passada da facada que matou um rapaz aqui mesmo nesta zona? ... não ponham aqui a policia não... aliás, a maioria deste pessoal daqui devia era ir 'repovoar' o interior em vez de andar a roçar o cu pelas paredes... (onde é que já ouvi esta?!?).
A questão é saber se a creche tem capacidade para acolher as crianças dos 4 meses aos 3 anos que habitam ou vão habitar na Alta de Lisboa, independentemente da sua origem "social", seja lá o que isso for. 130 parece-me um número manifestamente pequeno. Soube ontem que a creche já está a funcionar com crianças da antiga creche da zona a ocupar pelo futuro eixo-central, o que faz com que as eventuais vagas já sejam bem menores. Será que podemos contar com mais creches? E para quando?
Este equipamento tem a designação de Centro de Promoção Social da Alta de Lisboa e é gerido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Segundo a entidade gestora e como o nome indica, destina-se a acolher crianças carenciadas.
Este equipamento é para utilização de qualquer criança que necessite de uma creche. Concordo em absoluto com o que a Ana Louro disse.
Apesar de considerar que os equipamentos sociais fazem muita falta num bairro com estas características, não posso deixar de concordar com o que foi dito pelo primeiro comentador.
De facto, começo a ficar saturado de assistir à degradação do meu bairro, daquilo por que paguei, com a desculpa de que os "meninos" são carenciados.
Quando comprei a casa disseram-me que ia ter à minha disposição alguns equipamentos. Hoje, aquilo a que se assiste é que aquilo que todos nós pagámos (porque é bom lembrar que estes equipamentos só existem porque estes empreendimentos aqui foram construidos e os co-financiaram) está a ser entregue a pessoas que não os estimam, que os degradam e que ainda se arrogam o direito de nos olhar de lado e de nos dizerem que somos intrusos na zona "deles".
O que me parece estar a acontecer é estar-se a dar o aval à divisão entre "os carenciados" e "os ricos" sendo que a partir de agora ou se é "dos carenciados" e tem direito a uma creche à porta de casa e grátis (ou quase) ou então é dos "ricos" e tem que ir pôr os filhos a uma creche em qualquer lado onde te sangram 100 cts por mês. Será isto justiça social? Quem são, aqui, os verdadeiros privilegiados?
Alguém sabe dessa história da facada? Onde é que foi?
Acho que já não há pachorra para a "malta do boné"...não consigo perceber porque é que não são tomadas medidas mais duras contra este tipo de criminalidade.
Era importante apurar quantas crianças existem actualmente na Alta de Lisboa, fazer-se uma estimativa a médio e longo prazo e dotar esta parte da cidade com as escolas necessárias. É realmente revoltante que nos digam que vai haver 1001 infraestruturas e equipamentos que depois não são suficientes.
http://www.scml.pt
«A Direcção de Acção Social (DIAS) reúne e coordena estrategicamente um conjunto de serviços que, em conformidade com os fins estatutários da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), tem por missão prosseguir e desenvolver fins de acção social apoiando, sobretudo, os cidadãos mais desprotegidos residentes na cidade de Lisboa.»
«Creche
Resposta Social de âmbito sócio-educativo que se destina a crianças até aos 3 anos de idade, após o período de licença dos pais, prevista na lei de protecção da maternidade/paternidade, durante o período diário correspondente ao trabalho dos pais, proporcionando às crianças condições adequadas ao desenvolvimento harmonioso e global e cooperando com as famílias em todo o seu processo educativo.»
«Projecto “Pé ante Pé”
Unidade de acolhimento diurno para crianças em risco com idades compreendidas entre 0 e 3 anos que não tenham colocação imediata em Creche, tendo em vista aprofundar o estudo das situações e minimizar o risco.»
Para mim a questão continua a ser saber quantas crianças serão acolhidas no âmbito do "pé ante pé" e quantas vagas ficarão para todas as outras crianças, carenciadas ou não. A palavra "sobretudo" não quer dizer tudo, pois caso assim fosse teríamos que retirar os filhos de alguns ministros, secretários de estado ou deputados de algumas creches da SCML. Apesar da palavra "carenciado" poder incluir a carência de afectos e não apenas famílias com dificuldades económicas custa-me a acreditar que a classe política tenha assim tantas crianças "carenciadas". Mas posso estar enganada... Por outro lado importaria saber-se os critérios de admissão das crianças e como o Tiago diz, saber-se o número de crianças moradoras na Alta, pois se um dos critérios (no caso das creches) são os montantes declarados em sede de IRS, será que mesmo impondo um determinado patamar teremos creche suficiente para os filhos das famílias que se encontrarem abaixo desse patamar?
Podíamos relançar este assunto no "Viver"?
Eu sou professora.
130 criancas dos 4 meses aos 3 anos e um numero enorme. Entendo que para os pais nao o seja, mas imaginem um bebe de 4 meses num ambiente em que mais 129 criancas brincam, comem,...
Para o racio ser saudavel (1 adulto/3 criancas - maximo) implica haver mais de 40 professores, (fora cozinheira, limpeza...) implica haver pelos menos 10 salas para brincar + sala para dormir, (fora areas comuns, ginasio, recreio...)
O Sistema Educativo Portugues (rede publica) nao inclui o apoio a familias de classe media/alta ou baixa com bebes dos 4 meses aos 3 anos. Assim como a maioria dos Sistemas Europeus. Ha apenas a rede privada e a rede de Instituicoes Educativas de Prioridade Social. Nao ha nada de novo na Alta.
As Instituicoes de prioridade social acolhem criancas de todas as origens sociais (as criancas pagam segundo o rendimento per-capita familiar). O estado financia as familias que nao podem pagar a totalidade dos custos.
Ha uma instituicao que conheco muito bem a funcionar assim ha muitos anos no Campo Grande (Paulo VI) gerido pelas Irmas Doroteias. Fui la voluntaria um Verao.
Nao ha creches de qualidade suficientes em lado nenhum em Portugal.
Quanto aos custos (100cts e imenso, de facto!)
mas agora pensem do ponto de vista do gestor de um espaco como uma escola SEM fins lucrativos e de qualidade.
130 criancasx100 cts =13 000 cts mes
partindo do principio que as instalacoes sao gratuitas (luz, agua, manutencao...)
40 Professores
10 Pessoal auxiliar (gestao, limpeza, cozinha)
materiais (tintas, papel, cola...)
Materiais (triciclos, blocos, legos, ...)
Comida:
130 X 20 dias =
2 600 almocos mes
pequenos almocos 2 600 mes
lanche 2 600 mes
Passeios
Formacao do pessoal
Seguros para criancas e adultos a frequentar o espaco
Nao sou gestora, e isto e so uma amostra do que e necessario
Ainda acham que 100 cts e muito?
Ex.: Eu pago $1000/ mes, o meu filho leva o almoco e como sou professora na mesma escola sei que o dinheiro nao e gasto no meu ordenado : )
O problema são os ordenados médios dos portugueses. Uma família com um rendimento médio por mês de 1400 euros já considerada favorecida, segundo as nossas finanças. Agora é só fazer as contas: renda de casa 400 euros, escola para dois filhos pequenos 750 euros (no mínimo dos mínimos),... sobra alguma coisa para comer?
De facto nao sobra muito. Mas a verdade e que a maioria dos portugueses tem carro, veste roupa da moda e almoca num restaurante no intervalo da hora de almoco. Educacao de qualidade para os nossos filhos deve ser uma prioridade, nao maquina de secar roupa ou ferias no brasil.
A ideia de que as escolas sao de graca e falsa. A ideia que o Estado deve providenciar apoio para tudo tambem e. A questao e que o estado defende um principio (maravilhoso mas pouco pragmatico) em que o melhor para um bebe de 4 meses nao e estar numa instituicao mas ao cuidado de um adulto em exclusividade (avo, pai, mae, ama, ...). A maioria dos portugueses ja nao tem acesso a uma familia alargada como a nossa geracao teve.
Esta na altura de mudar as coisas. Permitir que mais pessoas trabalhem em regime de part-time. Pagar mais a quem trabalha. Sei la... Os bebes ja vao sendo coisa rara nos nossos tempos. Temos que trata-los BEM!
Tudo isso é correcto. Mas a vida nas grandes cidades complica muitas coisas que numa pequena urbe organizada seriam mais simples de fazer. Por outro lado a vida profissional da mãe e do pai ocupa muito mais do que as razoáveis 8 horas diárias, pelo que as crianças acabam por viver sempre sem os pais. Neste caso os part-time seriam bem vindos, o problema é que muitas vezes são mal remunerados.
Eu tenho um filho pequeno e estou grávida de outro. Vou tentar inscreve-los para o ano na nova creche, depois vos direi o resultado.
No entanto concordo com o Pedro Veiga. O nosso rendimento mensal é da ordem que ele referiu e seria incomportavel ter os dois numa creche privada. E eu trago almoço de casa para o trabalho. É verdade que venho de carro mas só pq trabalho no lado oposto da cidade e neste momento a creche actual fica ao pé do trabalho e tenho que carregar filho(s), mochilas, computador... E não há transportes rapidos e directos (teria que apanhar 2 metros e 2 autocarros). Leva-nos à velha conversa da rede de transportes públicos. A principal razão, aliás, para querer coloca-lo(s) na nova creche seria libertar-me do carro e poder apanhar os tais 2 metros e 2 autocarros sem filhos atrás (quiçá, 2 metros e 2 trajectos de bicicleta complementares).
É mesmo impossível colocar os 2 numa creche privada. A creche actual é uma IPSS (é assim?) e tirando o facto de nao ser perto de casa, mesmo que no futuro nao trabalhe por estes lados, vai ser sempre preferivel mante-los aqui e dar uma grande volta, do que colocar numa privada. A solução ideal seria, lá está, a creche nova na Alta. Vamos ver.
E sobre teorias de educação, precisamente por hoje já nao haver familias alargadas com mais irmaos, primos e outros miudos por perto, acho que as crianças ate aos 3 anos estão melhor numa creche do que com um adulto a tempo inteiro, por mais devotado que seja. Os miudos precisam de outros miudos, mesmo antes dos 3 anos.
Joana tem razao. As criancas estao melhor com outras criancas mas nao:
- 9 horas diarias;
- 20 criancas e
- 2 adultos.
As IPSS sao de facto a melhor solucao para as nossas familias. A creche na Alta parece-me ser uma IPSS pelo que descrevem.
Do ponto de vista do gestor, as IPSS tem outra vantagem os professores sao pagos indirectamente por nos, atraves dos impostos que pagamos e nao pelas mensalidades que os pais pagam.
E um equilibrio delicado que nos pais temos que saber gerir o melhor possivel.
Dificil, muito dificil!
gostaria de perguntar ao 1º sr ke se inscreveu nesta pagina se so por eleb ter dinheiro e considerado ncolono e os outros ke nao tem sao indios sopostamente um sr com este ponto de vista nao vai querer que a sua filhava interagir com os indios.
se calhar estes indios como o sr frizou uma data de vezes nao tem se calhar umcarrinho de bebe ke valha ara ai uns 500€ em vez de pagar 2000 de imi para os indios meta a sua filha numa creche de colonos. se calhar o sr nunca teve que trabalhar mto para comer e nao pense que por se chamarem carenciados que nao tem tanta ou mais educaçao que o sr porque a sua filha que vai nascer ou ja nasceu nao e melhor nem pior que estas crianças.por mais 100€ que os outros no bolso nao o torna melhor do que ninguem e por tudo o ke sr ou sra disse aqui portou se pior que os indios tipico de BURRO.
Enviar um comentário